domingo, 18 de março de 2012

Lygia Therezinha Fumagalli Ambrogi

Lygia Therezinha Fumagalli Ambrogi, filha do Coronel Walfrido Fumagalli e da Professora Maria Elisa da Silva Fumagalli, nasceu em Deodoro, atual Piraquara em 25/10/1915. Iniciou-se nas letras aos 15 anos na Gazeta de Curitiba. Em 1929, foi aluna interna do Ginásio Independência de São Paulo, e participou de festivais, nos Teatros Santana e Santa Helena, tendo como professores o Maestro Leo Ivanov (aluno de Rimski Korsakow) e de Sophia Ilina (1ª bailarina do Teatro Imperial de Moscou e do Cólon de Buenos Aires).
Em 1932, trabalhou pró Revolução Constitucionalista, sob orientação de Pérola Biygton. Foi Comandante do Batalhão Feminino do Ginásio Independência, desfilando nas paradas cívicas. Em 1933, radicou-se em Taubaté, onde fundou o Grêmio Arcádia, para crianças, lecionando ginástica, dança, canto e declamação gratuitamente.
Em 1935, fez festivais beneficentes, pró Orfanato Santa Verônica e Asilo de Velhos, no Teatro Polytheama, atual Metrópole. Em 1945, fundou com outros, o Serviço de Proteção à Criança e trabalhou para a fundação da Casa do Menor. Lecionou Geografia, 27 anos, nos ginásios Taubateano, e estaduais como o Instituto de Educação "Monteiro Lobato", dando aulas nos cursos, científico, normal e ginasial. Marchou com os alunos nas paradas cívicas.
Em 1946, fez a primeira festa do folclore no TCC, pró Casa da Criança. Em 1964, prestigiou o Teatro Amador de S. Paulo, e fez parte da Comissão Julgadora.
Em 1965, fez a primeira Excursão de Taubaté, levando por três dias os alunos à Curitiba e Vila Velha. Fundou o jornal - O DIFERENTE - e foi fundadora do Clube do Lazer, cuja letra do hino é de sua autoria. Trabalhou para reabertura do Hospital de Tremembé, angariando ajuda
em Pindamonhangaba, Tremembé e Taubaté. Fez Cursilho em São José dos Campos. Promoveu a campanha pró Paraná flagelado, pelo incêndio, angariando com os alunos, cinco toneladas de remédios, roupas, alimentos e mais a quantia de seis milhões de cruzeiros, que foram levados à Curitiba, no caminhão cedido pelo Prefeito Jaurés Guisard, acompanhado por Vereadores, tendo uma grande faixa dizendo:- DO POVO DE TAUBATÉ AO PARANÁ.
Em 1967,recebeu o titulo de CIDADÃ TAUBATEANA, por serviços prestados à Comunidade. Em 1975, fez parte da Equipe 33, do GTU de Bauru, seguindo para o CAMPUS AVANÇADO, 15, na Transamazônica, no Projeto Rondon, prestando serviços como advogada do INCRA por 39 dias.
Professora, jornalista, escritora, advogada e poetisa, pertence à inúmeras Academias de Letras, do Paraná, do Brasil e do exterior. E membro do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico, de São Paulo, do Paraná e de Uruguaiana.
Recebeu a Comenda "DAMA ROUGE", do Clube Boca Rouge das Damas de Curitiba. Tem várias poesias, sonetos e trovas premiadas.Tirou o 1° lugar no Concurso Internacional de Poesias da Liga Naval da Argentina. Seu Livro QUANDO A PINHA SE ABRE ENTRE OS CAFEZAIS, foi
traduzido para o espanhol, pelo escritor Isidoro F. Rodrigues. Tem recebido muitas homenagens, inclusive no seu berço natal Píraquara, onde foi festejada na Câmara Municipal e pelo Rotary Clube, Em Taubaté recebeu carinhosas homenagens da Câmara Municipal, Escolas, Caixa
Econômica Federal e mais de uma vez pela Polícia Militar, Guarda com amor os troféus recebidos e os cartões de prata. Tem muito orgulho de Taubaté, São Paulo e seu Paraná. Pertence a muitas Academias de Letras, e Associações Literárias.
Lygia Fumagalli Ambrogi, faleceu no dia 09 de março de 2012, 96 anos vítima de infecção generalizada.

Leia também o artigo REENCONTRO de Luiz Antonio Cardoso

TROVAS DE LYGIA THEREZINHA FUMAGALLI AMBROGI
Gota de água numa teia
pelo orvalho pendurada,
é jóia que se incendeia
no colo da madrugada.

Uma lágrima rolando
em silêncio, de mansinho,
é qual um lenço acenando
na doçura de um carinho.

São João é luz da candeia
de meu tempo de criança.
que tão linda bruxuleia
na ternura da lembrança.

A passarada trinando
deixa a gente embevecida,
é a natureza orquestrando
os sons divinos da vida.

Em silêncio, o teu olhar,
fala-me com tanto ardor,
que nada deves falar
para falar-me de amor.
Surge o dia. Madrugada.
Há franjas na escuridão,
o sol nascente é alvorada
de luz, penteando o sertão.
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Lealdade - não tem preço
é um sentimento profundo,
confesso que não conheço,
outro mais belo no mundo.

Outono...que solidão,
bailam as folhas ao vento.
Cenário. Recordação,
no palco do pensamento.

Deus do céu, o teu abraço,
ainda está no meu sentido,
sofro.Nem sei o que faço,
meu namorado querido.

O velho tronco sombrio,
de galhos secos, queimados,
evoca no triste estio
belos sonhos calcinados.

Colho da tela da vida,
os momentos mais risonhos,
sonhadora embevecida,
na vivência de meus sonhos.

Pátria, é rica bandeira,
nosso povo, a mata. o mar,
a nossa Nação inteira,
nosso céu e nosso lar.

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